No coração de Agrestina, entre gritos de gol e tardes memoráveis de domingo, surgiu um dos mais marcantes times amadores da região: o 21 de Abril Futebol Clube. Um clube que transcendeu as quatro linhas para se tornar parte da identidade cultural e esportiva do município.

Na imagem histórica registrada, temos o registro de dois dos grandes esquadrões que marcaram época. No primeiro time, de cima para baixo, da esquerda para a direita, vemos em pé: Pombos, Valdir de Marambaia, Nêgo, Betinho, Túlio, Zé Pitada e Gercino Tururi. Agachados, completando a formação: Zezinho de Heretiano, Ciço Doc, Valdo, Luís Campina, Paulo César e Valdemar Monteiro.

21 de Abril - Foto: Arquivo
21 de Abril – Foto: Arquivo

O segundo elenco, igualmente marcante, também está eternizado. Em pé: Tata, Edmilson, Léo, Pombo, Nêgo, Valdir de Marambaia, Zé Pitada, Djalma e Betinho. Agachados: Valter, Paulo César, Carrinho, Carlos da Conteg, Zezinho de Heretiano, Valdo, João Barrão, Chibanca, Noneto e Topogígio.

O 21 de Abril F.C. não foi apenas um time; foi uma verdadeira escola de craques. Com jogadores de alto nível técnico, atraía torcedores e movimentava a cidade. Seu campo, com dimensões oficiais e um dos gramados mais elogiados da região, era palco de grandes partidas e eventos festivos, especialmente no dia do seu aniversário, 21 de abril, quando o clube recebia visitantes de peso e a festa se estendia até a noite.

Infelizmente, o tempo foi implacável. O campo do 21 de Abril foi destruído, junto com ele, o sonho de tantos jovens que encontravam ali uma chance, um norte, um futuro. Pior ainda, perdeu-se algo que o dinheiro não compra: um bem imaterial.

O fim do campo não foi apenas o fim de um espaço físico foi o golpe em uma tradição, na cultura e na paixão de um povo pelo futebol. O silêncio onde antes havia gritos de torcida representa a perda de uma parte viva da história de Agrestina.

O 21 de Abril F.C. vive na lembrança dos que jogaram, torceram e amaram. Vive em cada história contada à beira de um campo, em cada fotografia antiga, em cada suspiro nostálgico de um tempo que não volta mais — mas que jamais será esquecido.

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