Apesar das mudanças administrativas promovidas pela atual gestão, a limpeza urbana segue como um dos principais gargalos da Prefeitura de Agrestina. A antiga Secretaria de Infraestrutura e Obras, que anteriormente acumulava a responsabilidade pela limpeza da cidade, foi desmembrada, resultando na criação de novas pastas, como a Secretaria de Serviços Urbanos. No entanto, mesmo com essa reestruturação, os problemas persistem.
Atualmente, a Secretaria de Serviços Urbanos está subordinada à Secretaria Geral da Casa Civil. A expectativa era de que essa nova configuração trouxesse mais eficiência e agilidade na resolução dos problemas, como o acúmulo de entulhos e a proliferação de pontos de lixo irregulares em diversos bairros. Na prática, contudo, a realidade parece distante do esperado.
O Fala Agrestina recebeu, recentemente, novas denúncias de moradores sobre o descaso com a limpeza urbana. Desta vez, o flagrante veio da Rua João Cordeiro de Souza, popularmente conhecida como Rua de Dona Alta, onde mais um ponto de descarte irregular de lixo se formou, gerando preocupação com a saúde pública e o bem-estar dos moradores da localidade.
Moradores do Loteamento Amélia também têm feito denúncias frequentes, relatando o abandono e a presença constante de lixo acumulado em vias públicas. Já no Loteamento Novo Agreste, as famosas metralhas (restos de construção) seguem espalhadas há meses, sem que haja qualquer ação efetiva da prefeitura para removê-las.
Em entrevista recente a uma emissora de rádio, um vereador da base do prefeito Josué atribuiu esse e outros problemas da gestão ao rompimento político entre Josué e o ex-prefeito Thiago Nunes. Segundo o parlamentar, o antigo gestor da pasta “não fazia um bom trabalho”. No entanto, mesmo após o desmembramento da secretaria e passados mais de dois anos desde a mudança, a nova estrutura ainda não demonstrou eficácia. A limpeza urbana, algo simples e rotineiro em muitos municípios de porte semelhante ao de Agrestina, continua sendo um desafio não superado.
A população aguarda respostas e soluções por parte da gestão da Família Mendes, que, apesar das promessas e reformulações administrativas, ainda não conseguiu implementar um sistema eficaz de coleta e manutenção da limpeza na cidade. A falta de fiscalização e de um cronograma eficiente de remoção de entulhos continua impactando diretamente a qualidade de vida dos agrestinenses.
Neste ano, o Fala Agrestina também mostrou a existência de um lixão em pleno funcionamento atrás da própria Secretaria de Obras. Enquanto os problemas se acumulam nas ruas, os cidadãos cobram mais ação e menos justificativas políticas.