Durante os festejos juninos de 2025, a Prefeitura de Agrestina está cobrando, em média, R$ 450 reais para que comerciantes possam usar barracas padronizadas nos polos de festa do município. A medida tem gerado críticas entre os comerciantes, que apontam a falta de incentivo ao pequeno e médio empreendedor local. Em contraste, cidades vizinhas como São Joaquim do Monte optaram por isentar totalmente a taxa de ocupação, facilitando a participação dos comerciantes e fomentando a economia local.
A cobrança em Agrestina tem sido vista como um obstáculo num período que, tradicionalmente, representa uma oportunidade importante de geração de renda. Um comerciante local, que preferiu não se identificar com medo de sofrer represálias por parte da gestão municipal, conversou com a equipe do #FalaAgrestina e revelou ter pago R$450 reias para expor seus produtos. No entanto, entre os dias 12 e 13 de junho, suas vendas somaram apenas R$650 reais, valor considerado baixo, diante das expectativas.
“Praticamente paguei para trabalhar. Se continuar assim, vou terminar no prejuízo”, desabafou o comerciante. Ele ainda criticou a forma como a prefeitura vem realizando a divulgação dos eventos juninos: “Eles só anunciam as atrações na véspera. A cidade não tem movimento suficiente porque as pessoas não sabem com antecedência o que vai acontecer.”
A expectativa, segundo o comerciante ouvido pela reportagem, é que até o final do ciclo junino as vendas melhorem. Ainda assim, ele lamenta a falta de políticas públicas de incentivo que, segundo ele, deveriam valorizar e apoiar quem movimenta a economia local: “Em outras cidades, o comerciante é tratado como parte fundamental da festa. Aqui, parece que estão nos fazendo um favor.”
A Prefeitura de Agrestina ainda não se manifestou oficialmente sobre as críticas.
Foto: Jônata Daniel | Arquivo