Em mais um ano, a tradicional gincana de motos, que por anos movimentou Agrestina e reuniu cerca de diversos participantes no Dia do Trabalhador segue fora da programação oficial do Festival do Trabalhador. A ausência da atividade, mais uma vez, evidencia o distanciamento da gestão municipal com parte importante da população: os motociclistas e entusiastas das duas rodas.
No ano passado, a retirada da gincana gerou revolta entre os participantes. Em protesto, grupos se reuniram de forma espontânea no centro da cidade, realizando manobras e exibindo suas habilidades em um movimento que chamou a atenção das autoridades. A resposta veio na forma de repressão: a guarda municipal, acompanhada das polícias civil e militar, interveio para dispersar os motociclistas, atitude que aumentou ainda mais a insatisfação popular.
Apesar da pressão e do simbolismo do ato, nenhuma solução concreta foi apresentada. Em pleno ano eleitoral, figuras políticas ligadas à gestão e pré-candidatos aproveitaram a situação para aparecer em defesa da “turma do grau”. Reuniões foram anunciadas, incluindo uma realizada em uma pizzaria do município com promessas de espaço para manobras e o retorno da gincana já na edição de 2025. Mas como tantas outras promessas de palanque, essa também ficou apenas no discurso.
Agora, com o 32º Festival do Trabalhador às portas, os motociclistas mais uma vez ficam de fora da programação oficial.
Enquanto isso, a turma do grau segue firme em sua paixão, mesmo sem apoio institucional, e a população assiste a mais um capítulo de promessas não cumpridas em Agrestina.